O Mito da Caverna é uma metáfora do homem no mundo, principalmente no que se refere à importância do conhecimento filosófico e à educação como modo de superação da ignorância, ou seja, a mudança gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, organizado e sistemático, que busca respostas na causalidade.
Através no Mito da Caverna, Platão distingue aparência e essência (realidade). É necessário saber distinguir a essência da aparência, ou seja, obter a consciência. O primeiro passo é o conhecimento de dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para Platão, a realidade está nas idéias, no mundo real e verdadeiro, e hoje o homem vive no mundo da ignorância, apenas nas coisas sensíveis, ou seja, o homem vive no mundo das aparências e não da essência.
No Mito da Caverna, os prisioneiros imaginam estar vendo a realidade, quando um deles consegue sair e de fato ver a realidade através das idéias e não apenas das sensações. E poderia optar e não voltar e viver na realidade, “sozinho”. No entanto, se decidir contar aos prisioneiros, que permaneceram na caverna, que o que eles ouvem e vêem não é a legítima e verdadeira, realidade, por certo não o acreditariam eles e acabariam por zombar do primeiro. E, se porventura alguém tentasse libertar os prisioneiros e trazê-los à luz do verdadeiro mundo, isso também poderia custar-lhes a vida. Porém quem está vivendo na mentira são os próprios prisioneiros que não acreditam na realidade e acabam por matar este que usou das idéias para ter o seu parecer e de fato descobrir a essência (realidade).
Muitas vezes vivemos fechados, apenas visualizando e sentindo, nos fechamos para as idéias e só conseguimos enxergar as aparências. Quando abrimos a mente e de fato vamos em busca da realidade através das idéias e dos pensamentos, deixamos de ser enganados por nós mesmos.
A aparência é a primeira impressão que temos de algo, é a casca, é o que “vemos”, é o que sentimos, geralmente acreditamos que as coisas são como nos parecem, mas não raramente acabamos nos decepcionando quando descobrimos que a realidade não era como nós a víamos, é neste ponto que percebemos que as coisas não são apenas o que parecem, mas tem uma essência, elas têm uma realidade.
Vamos sair da caverna e caminhar para o real, diferenciar a essência da aparência.
Bianca Ibanhes P. Romano
Obrigada pela explicação me ajudou muito.
ResponderExcluiro povo vive na caverna ate hoje pelo fator religão vulgar ensinada hoje em dia
ResponderExcluirobrigado pela explicaçao
ExcluirVlw fera
ResponderExcluirE como podemos sair da caverna se a sociedade nos modelou de forma a ficar na caverna?
ResponderExcluirExcelente trabalho! Parabéns!
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