sexta-feira, 30 de setembro de 2011

TECNOLOGIA: DESPERTANDO O INTERESSE DOS NOSSOS ALUNOS, FORMANDO CIDADÃOS

A educação vem passando por diversas mudanças: gerações, oportunidade, estrutura familiar e cultura diferentes das anteriores, além da tecnologia avançada. De modo a atingir os alunos, devemos tentar nos aproximar ao máximo. Como? Nem sempre é possível entender os problemas sócio-econômicos e culturais dos nossos alunos, mas podemos tentar nos aproximar dos verdadeiros interesses das gerações de hoje, as Gerações Y e Z¹.

Hoje, muitos alunos levam celulares de última geração, notebooks, e até mesmo MPs com caixas de som externa, é preciso agir. As gerações Y e Z são gerações imediatistas, das facilidades e principalmente, das tecnologias. Precisamos assim utilizar essas tecnologias ao nosso favor.

É de extrema importância educar para e com os meios, ou seja, precisamos utilizar a internet, a TV, o cinema, os jogos e o rádio não só como lazer e diversão, mas também como forma de aprendizagem.

A internet pode e deve ser utilizada como recurso pedagógico. Existem inúmeras tendências: os fotoblogs são diários fotográficos onde seu dia em fotos é postado na rede; o blog é o seu diário, mas também é utilizado para certas discussões, existem blogs ambientais e educacionais, por exemplo; redes sociais são estruturas sociais composta por pessoas ou organização, conectadas por um ou vários tipos de relações, que partilham valores e objetivos comuns, exemplos Orkut, Facebook.

A internet possui diversos fatores negativos, desde jogos online até pornografia, todos eles passando pelos temíveis vírus. Quando desejamos fazer uma aula com o uso da internet é necessário que se prepare e principalmente se determine os objetivos. Podemos, por exemplo, determinar o assunto (tema) e indicar diversas fontes de pesquisa (textos, livros virtuais, vídeos, etc.), dessa forma é possível direcioná-los. Talvez dependendo da escola e da comunidade é necessário restringir de fato as redes sociais e sites impróprios, bloqueando-os na rede.

Por outro lado, seria de grande valia o professor fazer um fotoblog onde publicasse os temas das suas próximas aulas e vídeos. Além de incentivá-los com os vídeos das atividades realizadas por eles.

¹ Geração Y - Essa é a famosa e tão comentada geração do momento. A geração Y, a geração do computador, das facilidades, da globalização e tudo mais. Alguns Baby Boomers e X’s se refere a esta geração como sendo a GERAÇÃO MIMADA.
Geração Z- É a geração touchscreen, você imagina as crianças de hoje, daqui poucos anos ainda apertando botão? Seguimos então para a geração que não irá arrumar, vão sim trocar, não vai vender, vai se desfazer.
Não irá procurar por produtos que sintam necessidade, apenas escolheram de quem comprar. Pois ofertas de todos os tipos e gostos não vão faltar.

Uma forma muito interessante de aproximá-los é através de jogos. Esses jogos podem ou não ser online. Jogos educativos são compostos por estratégias e tecnologias que lhe darão uma forma curricular mais próxima de um currículo escolar: os conteúdos apresentados por eles serão aqueles consagrados no ambiente escolar (matemática, física, história, biologia, e outros); as tecnologias teórico-metodológicas se pautarão em teorias tradicionais historicamente desenvolvidas no ambiente escolar ou em teorias construtivistas tão difundidas nos anos 90; as respostas corretas, dadas por quem está aprendendo, serão bem avaliadas, mas as respostas incorretas, muitas vezes, não serão sequer problematizadas. Existem inúmeros jogos educativos, muito interessantes, principalmente, na alfabetização e na iniciação de operações matemáticas. No ensino médio, podemos pontuar simulações de física e até de química. Esses jogos e simulações são muito educativos, o que não podemos é por descuido deixar nossos alunos acessarem sites de jogos de violência ou de azar, esses por sua vez viciam e podem estar alterando a personalidade da criança.


Outra ferramenta de ensino-aprendizagem é o cinema, que oportuniza enfocar os aspectos culturais, históricos, literários e políticos, proporcionando uma visão integral do cinema enquanto mídia educativa. É algo primordial para a inovação pedagógica a inserção de novas estratégias para o processo de ensino-aprendizagem, principalmente quando levamos em consideração a formação de cidadãos. O cinema, nesse contexto, é uma ferramenta educativa, cheia de potencialidades e perspectivas, que contribui para a mudança social. É possível inserir o cinema em sala de aula.

Essa política o Estado de São Paulo vem utilizando através do projeto “Cinema vai à escola”. Através dele é possível trabalhar os temas transversais e conteúdos interdisciplinares de forma mais dinâmica, chamando assim a atenção dos jovens. Através de filmes que apresentam assuntos delicados e complexos como preconceito, violência, exclusão social, sexualidade, injustiça, entre tantos outros, é possível nos aproximar dos jovens, pois muitas vezes é difícil o professor conseguir se aproximar dos alunos para tais discussões.

Muitos alunos afirmam que não gostam de cinema, mas muitos deles nem conhecem, pois não tem condições econômicas de ir. Aqueles que vão ao cinema adoram, afinal um bom filme pode ser bem apreciado. É possível um filme não ser apenas diversão, e sim podermos utilizá-lo com educação, como forma de aprendizagem. Nos filmes enviados pelo Estado de São é possível encontrar títulos como: “A Cor do Paraíso”, “Cantando na Chuva”, “Diários de Motocicleta”, entre outros. Tomemos como referência o filme “Diários de Motocicleta”, nele é possível trabalhar as disciplinas de Português, História e Geografia, pontuando os conflitos sociais e a formação e mudança de identidade. Através do filme é possível fazer comparações sobre a descrição de Che Guevara e de Granado; é possível descrever as paisagens do filme. O filme pode ser analisado de diversas maneiras e certo que podemos verificar a diferença social e cultural.

E quanto a programas de TV? É possível utilizar na escola? A TV é um dos meios de mídia utilizados para divulgar informações do mundo todo, sendo um veículo rápido em tempo real á toda a população e que atinge a todas as faixas etárias.

 Hoje conseguimos desenvolver em nossos alunos a consciência crítica através dos programas de TV. Temos o canal da Cultura que trás em sua programação assuntos do dia a dia e aborda com simplicidade, mostrando às pessoas o certo, ou seja, o politicamente correto.

As novelas discutem alguns temas atuais e da realidade, abordando assuntos que fazem as pessoas refletirem ou pensarem sobre eles. Temos questões sobre alcoolismo, drogas, homossexualidade, inclusão de crianças com deficiência, assuntos relacionados a doenças, etc. Alguns temas são discutidos e podemos até levar para salas de aula para serem debatidos e discutidos entre os alunos.

Existem também canais pagos como Discovery Kids, Nickelodeon, Discovery Chanel, entre outros que abordam assuntos para a aprendizagem e trazem informações que auxiliam neste aprendizado, ajudando a criança a pensar e refletir sobre o assunto.  Cada vez mais a TV mostra a realidade, o dia a dia em tempo real e nem sempre temos bons noticiários ou programas que instruem. Alguns desenhos animados instigam a violência o que não é correto nem educativo. Cabe aos pais e educadores verificarem o que as crianças estão assistindo, e devemos muitas vezes escolher por eles.

Uma tecnologia bem mais antiga e nem tanto discutida, mas que também pode e deve ser utilizada como recurso pedagógico é o rádio. O rádio no Brasil apareceu no final do século XIX, ele é o meio de comunicação de massa mais popular, simples e de fácil acesso, talvez o único a levar informações a determinadas regiões do país.

Talvez por não ser novo, tenha uma fácil aceitação dos alunos, no entanto não é muito utilizado na escola. No século XXI, a educação, muito além de transmitir informações, tem o papel fundamental de formar cidadãos, de modo que eles possam transformar informação em conhecimento; conhecimento esse que utilize em beneficio da comunidade.

O uso da rádio na escola propicia que toda a comunidade escolar possa analisar e criticar o que acontece, de modo que possam desenvolver o senso crítico. Uma idéia muito interessante seria uma rádio apresentada pelos alunos, onde os alunos pudessem: dar notícias da região, ler horóscopos, dar algumas dicas de cidadania, e fazer entrevistas com professores, direção e membros da comunidade. Todo o trabalho da “Rádio Escola” deve ser monitorado pelos professores, e a partir de aprovações dos conteúdos os alunos podem estar apresentando seus programas de rádio na hora da entrada, do intervalo e da saída. E de forma a conquistar ainda mais os alunos, seria de grande valia que eles pudessem acrescentar músicas sempre aprovadas pela equipe dos educadores.

É certamente a partir da compreensão do conceito de cidadania que podemos debater o papel do rádio na escola, pois dependendo do grupo social em que está inserida e da forma como o este meio de comunicação for apresentado, certamente teremos alunos mais abertos às discussões socioeconômicas e de cidadania. O Rádio Escola seria um mecanismo de libertação das mentes pensantes envolvidas no projeto. É nesse perfil Construtivista, que a Rádio Escola pode estar inserida no contexto escolar.

O rádio inserido no processo de aprendizagem pode contribuir sendo uma porta de entrada ao conhecimento de novos estilos, formatos, linguagens, histórias de vida e tudo que a criatividade permitir.

A educação vem mudando ao longo dos anos, e principalmente com a mudança das gerações, afinal temos hoje Gerações tecnológicas e imediatistas. Com o uso dos diversos tipos de tecnologias é possível nos aproximar dos alunos e tratar diversos assuntos que sem essas tecnologias ficaria difícil de trabalhar.

Através da TV, do cinema, do rádio, internet e jogos, podemos trabalhar temas transversais, atuais e da realidade deles além de trabalhar com a cidadania dos nossos alunos. No entanto todas as tecnologias devem ser trabalhadas sempre traçando os objetivos e principalmente, o método como vão ser utilizados. Além disso, temos que direcionar nossos alunos e fiscalizá-los em determinadas situações.

A educação precisa de novos recursos de ensino-aprendizagem e novos alunos precisam de motivação. Basta inovar para alcançá-los. Vamos utilizar a tecnologia a nosso favor.

Bianca Ibanhes P. Romano

A psicologia do desenvolvimento

Psicologia do desenvolvimento é a ciência que estuda as mudanças de comportamento relacionadas à idade durante a vida. Ela avalia e examina diversas capacidades: motora, perceptual, intelectual, adquisição da linguagem, entendimento da moral e da formação de identidade.

A psicologia do desenvolvimento avalia que as características humanas, ao contrário de outros animais, não são desenvolvidas apenas através da hereditariedade biológica, mas também através no meio social onde está inserida. O ser humano precisa aprender muito até se tornar independente. É focando nessa independência que devemos estudar o desenvolvimento das crianças. Afinal, as crianças aprendem e acumulam conhecimentos, no entanto em cada fase deve-se ter cuidados e atitudes diferentes, pois, o interesse delas mudam com o passar do tempo.

É de extrema necessidade estudar o desenvolvimento humano, pois através dele estamos conhecendo as características comuns de uma determinada faixa de idade, por exemplo. Através do estudo desse desenvolvimento é possível planejar o que e como trabalhar com nossos alunos e crianças, implicando em saber principalmente, quem de fato é o nosso educando.

Quando se fizer necessário, através da psicologia do desenvolvimento, poderemos refletir sobre deterrminados alunos, e situações, muitas vezes percebendo que a dificuldade do aluno não permeia apenas a questão social, mas também a questão biológica.
Bianca Ibanhes P. Romano

Sobre jequitibás e eucaliptos

O assunto tratado no texto “Sobre jequitibás e eucaliptos” é como as profissões foram sumindo, morrendo e como existem novas profissões semelhantes, mas não iguais.

Entre muitos exemplos, o autor cita que os educadores morreram e o que existe hoje, são apenas os professores.

Ele afirma que não sabe preparar os educadores, mas que isso talvez nem seja preciso basta acordá-los, esses que talvez estejam em sono profundo. Através do amor e da coragem eles poderão fazer um novo mundo.

Como argumento, ele faz uma comparação entre jequitibás e eucaliptos. Ele diz “É aquela árvore, diferente de todas, que sentiu coisas que ninguém mais sentiu. Há outras que são absolutamente idênticas umas às outras, que podem ser substituídas com rapidez e sem problemas.” Ele compara os educadores aos JEQUITIBÁS, pois esses são raros de se encontrar, sente coisas e vê coisas que ninguém vê. Enquanto os professores são substituíveis e podem ser trocados, como os eucaliptos. Professores são descartáveis como copos.

Ele afirma também que para ser educador é necessário ter vocação. Ser um educador é ter uma estória com seus alunos e não apenas passar o conteúdo da sua disciplina, como faz o professor.

Como argumento secundário, ele diz que talvez hoje, não sintamos tanta falta de um educador, mas que este faz uma falta imensa para a educação. Talvez, faça mais falta que um boticário, um tocador de realejo e os médicos de antigamente.
Bianca Ibanhes P. Romano

Análise do filme “Vem dançar”

O Filme é baseado em fatos reais, na vida de Pierre Dulaine. Pierre após ver um carro de uma diretora ser destruído, decide ir até a escola e tentar entender o porquê o carro foi destruído por um aluno.  Analisando a problemática da escola, ele decide fazer algo e candidata-se a professor voluntário, e acaba sendo encaminhado para a turma de detenção visto que a diretora não acreditava que ele pudesse mudar os jovens através da dança de salão.

A primeira coisa que se verificou quando ele entrou naquela “sala” fria e triste, foi a resistência dos alunos por coisas novas, e o próprio preconceito, visto que ele estava bem arrumado e era branco.

A dança, de uma forma geral, é motivo de prazer, convivência em grupo e traz a sensação de liberdade, tão relevantes na fase da adolescência. O desinteresse que o adolescente demonstra em relação à dança de salão se deve ao fato de não tê-la vivenciado corporalmente, e pela necessidade de aceitação no grupo, onde uma das coisas mais importantes, para ser aceito, é estar na moda.

Dulaine utiliza de algumas técnicas até conseguir a atenção dos alunos. Esses já possuíam certo conhecimento na dança, especificamente no HIPHOP. Esse interesse imediato dos adolescentes em relação a ritmos como o HIPHOP pode ser explicado quando Levisky apud Pauli et al (2003, p. 1), afirma que “os adolescentes possuem uma tendência ao ato, isto é, a descarregar seus impulsos agressivos e sexuais de uma forma direta, através de vias de expressão rápida, que tragam satisfação imediata aos seus desejos”. Depois de algumas aulas sem de fato convencer que aquela dança não era de “mulherzinha”, nem de “branco”, ele teve a idéia de levar uma de suas alunas da academia particular que dava aulas de dança de salão. Dançando com esta aluna o Tango, ele fez com que os alunos se interessassem e percebesse que o tango tinha o poder da condução no caso do homem e da conquista no caso da mulher. Os alunos ficarão encantados. E a motivação maior foi quando Dulaine disse que haveria um campeonato de dança de salão.

Certo dia, o professor entra na sala e pega os alunos dançando um remix das músicas clássicas com o HIPHOP, decidi então usar este mesmo artífice para remixar uma canção clássica com uma batida moderna, e pondo-os para dançar a base do foxtrote em cima disto. Além de misturar as músicas, acabam por misturar os estilos de streetdance com as danças clássicas de salão. Ele percebe que isso pode dar certo e trabalha paralelamente a linguagem corporal do HIPHOP com a dança clássica.

Os alunos começam a mudar de postura, surpreendendo a todos que desacreditavam deles. A relação professor-aluno se tornou respeitosa e a troca de criticas e opiniões se tornaram freqüentes, existia uma verdadeira amizade. A confiança daqueles alunos no professor aumentou ainda mais quando o professor mostrou a eles que confiava neles, dizendo que iria dar um jeito para pagar a inscrição da competição.

As vantagens de se inserir a dança de salão na escola, além de ampliar o conhecimento sobre dança e música, é a de ser uma atividade acessível a ambos os sexos, ser uma dança que promove a sociabilidade, o respeito e a disciplina, e se adaptar às habilidades individuais de qualquer pessoa, essas vantagens aparecem no filme, principalmente quando se mostra a união de um casal que fazia parte de gangues diferentes, é possível mudar, é possível entender o outro e principalmente, confiar no outro através da dança.

Utilizar um conhecimento do aluno, e encher os olhos dele com o que é possível ele fazer, são coisas que acrescentam muito ao cotidiano escolar.



REFERÊNCIA

PAULI, Liane T. Schuh.; PEREIRA, Luciana Cristina.; KOEPP, Janine. Conhecendo o perfil dos adolescentes que participam de dinâmicas de grupos como forma de conhecer a sexualidade. Boletim da Saúde, v. 17, n. 1, 2003. http://www.esp.rs.gov.br/img2/v17n1_07conhecendo.pdf

Acessado em 23/09/2011 às 10:32.

Manifestações da cultura corporal

As práticas corporais são fenômenos que se mostram a cultura corporal e que se caracterizam como manifestações culturais. Podemos enumerar algumas manifestações culturais como: danças, jogos, ginásticas, esportes, artes marciais, acrobacias entre outras práticas.

                Os jogos são atividades estruturadas ou semi-estruturadas, normalmente de caráter educativo e recreativo. Os jogos possuem regras criadas anteriormente ou de imediato. Os jogos têm como objetivo de estimular capacidades físicas e intelectuais. No entanto, quando falamos de jogos esportivos temos regras mais estáveis com poucas variações.

                Dança é caracterizada pelo movimento pré-estabelecido do corpo, as coreografias. Podem também ser livres. A dança é uma das expressões corporais que podem nos ajudar a identificar a cultura de cada um. Em cada região do Brasil, temos uma dança tradicional, temos o forró (Nordeste), frevo (Recife), das fitas (Sul), entre outras.

                A ginástica exige força, flexibilidade e coordenação motora de modo a se adquirir aperfeiçoamento físico e mental. Ela pode ser competitiva ou não.

                O esporte não é apenas uma atividade física, mas também mental. Ele envolve o regulamento específico, e é altamente competitivo, em que temos campeonatos por esporte. Pode também ser apenas recreativa e educativa sem caráter competitivo.

                As lutas ou artes marciais são sistemas de combate, esse combate sem armas de fogo. As lutas são praticadas como esporte, mas também como treinamento militar, policial e como defesa pessoal.

Na educação infantil, podemos dizer que as canções de roda, os jogos, e mímicas fazem parte da cultura corporal infantil.

É de extrema importância apresentar todas essas atividades na escola. Os diferentes modos de manifestar a cultura corporal são de extrema importância para ser tratada na escola, sendo um conteúdo fundamental.

                Mas não são apenas essas atividades, manifestações, que existem. O corpo hoje é exibido com roupas impensáveis à tempos atrás. Essa grande mudança na cultura corporal, termo que não possui definição largamente discutida na Educação Física, exigiu dos indivíduos um maior autocontrole para que as regras sociais estabelecidas fossem seguidas.

                Alguns conceitos como vergonha também mudaram de sentido, hoje um corpo nu pode ser dito como decente como arte, e um corpo vestido pode ser dito como indecente, tudo baseado nos padrões de beleza da época.

                A cultura corporal inclui os comportamentos estabelecidos pelas regras sociais, podemos incluir a “cultura de narcisismo”, tornando o corpo como elemento fundamental no estilo de vida. Fenômenos como lipoaspiração e regimes permite observar a construção de uma nova cultura corporal, em forma de apresentação e cuidados com o corpo.

                A exposição do corpo vem mudando, as roupas, os acessórios, as tatuagens, tudo vem mudando e se alterando. Essas mudanças vêm caracterizando a cultura corporal.

                As manifestações da cultura corporal vêm mudando ao longo do tempo e está presente sempre. Acessórios, posturas, vestimentas, esportes, lutas, danças, jogos, cantigas, tudo está nas manifestações. Preste atenção você está se manifestando culturalmente quando se veste, ou quando canta.
Bianca Ibanhes P. Romano

Educação Difusa nas sociedades tribais

Na sociedade tribal, o modo como se educa é através de mitos. Podemos dizer que, nas sociedades tribais todos têm acesso ao saber.

Através da educação difusa é possível passar o conhecimento e os costumes de geração para geração de forma oral. As sociedades tribais ensinam baseados no saber mítico, que fundamenta os fenômenos naturais nos deuses (deus da chuva, deus do sol, e assim por diante).

As sociedades tribais também se apóiam nos mitos para justificar a vida e a morte.

É através de todos os ensinamentos que as pessoas dessa sociedade vivem, e pedem auxílio ao deus do sol, quando precisam dele. Pedem auxílio ao deus da chuva quando precisam dela para suas plantações.

Além de oral, os ensinamentos, quando passados de geração para geração, são utilizados no dia-a-dia. Por não se ter a “escola” como conhecemos, os ensinamentos são práticos para o cotidiano deles.

As crianças aprendem a partir de imitações dos gestos dos adultos nas atividades diárias e nos rituais.  Elas aprendem a caçar, a pescar, a arte do pastoreio e da agricultura. Através desse tipo de educação, é possível desenvolver e aperfeiçoar as habilidades das crianças, e dos adultos.

Através da própria vida, as crianças costumam aprender para a vida, sem que haja a necessidade de um professor ou um mestre.

Podemos dizer então que, a maior importância da educação difusa é a possibilidade da existência de uma sociedade una, homogênea, indivisível e sem classes, pois não há um dominador do conhecimento, todos aprendem por igual.  
Bianca Ibanhes P. Romano

Carater excludente da Antiguidade Oriental

                  No oriente, as propostas da educação não eram apenas pedagógicas, sendo assim se apoiavam na religião, nos livros sagrados, e principalmente, nas regras de conduta, na ética.
                A educação era tradicionalista, ou seja, era apenas a transmissão de conhecimentos, técnicas, crenças e valores.
                A educação era elitizada e apenas masculina. Filhos de artesãos e comerciantes eram educados em casa, de modo que aprendendo assim a atividade da família.
                A exclusão de muitas crianças e jovens era muito grande, pois se hoje a elite é minoria, a antiguidade era mais ainda. Talvez, para aquela época essa exclusão fosse a melhor escolha. Hoje, na cultura brasileira temos políticas de inclusão de jovens negros e de baixa renda, através de programas de bolsa e de financiamento.
                Através dessa inclusão, podemos ter uma economia em ascensão, pois quando todos têm acesso à educação e, por conseguinte podem ter um poder aquisitivo um pouco melhor.
                O PROUNI foi uma porta na minha vida, minha primeira graduação se deve a essa inclusão.
 A exclusão nunca foi e nunca será a melhor forma de uma sociedade crescer. No entanto, quando se tem um governante (ditador), tudo fica mais difícil, inclusive o acesso a educação e a liberdade de escolha. A menos que um povo possa lutar por seus direitos, a educação será apenas dos mais poderosos financeiramente falando. Lembrando que a igreja também tinha esse caráter excludente.
Bianca Ibanhes P. Romano

A história da Educação: busca dos acertos e dos erros

O objetivo da História é fazer com que pensemos no que passou, de forma a nos conscientizar e motivar. Estudando a história da educação, podemos ampliar nossos horizontes pedagógicos de forma a diversificar o repertório de acordo com a diversidade que encontramos hoje na escola.

Estudar a história da Educação significa que, estaremos estudando quando e como cada civilização decidiu educar seu povo. É possível verificar, por exemplo, que na pré-história a educação acontecia junto com as atividades rotineiras. A educação foi mudando de geração em geração, de tempos em tempos, e até mesmo de cultura para cultura.

Baseados nessas mudanças, devemos analisar o nosso dia-a-dia e verificar: A educação está como desejamos? É possível mudar? Podemos propor mudanças?

Se olharmos em São Paulo, na década de 30 estudavam apenas aqueles que tinham condições financeiras, poucos da classe baixa estudavam. Na década de 80, poucas pessoas conseguiam chegar à universidade, muitas nem terminavam o que hoje chamamos de Ensino médio.  

Na década de 90, as crianças podiam sofrer a retenção com 7 anos, hoje, a retenção no Estado de São Paulo, só ocorre por excesso de faltas, ou em término de ciclos, ou seja, 5º Ano, 9º Ano, e nos 3 anos do ensino médio.

Será que isso fez com que a educação mudasse? Será que a obrigatoriedade pela educação, tornando-a mais acessível tornou-a mais vulnerável a queda de rendimento, visto que muitos dos adolescentes e alunos acabam indo na escola como um shopping aonde apenas vão para encontrar os amigos?

Estudar a História da Educação é questionar esses pontos e verificar onde de fato encontra-se o maior erro, ou ainda o melhor acerto.
Bianca Ibanhes P. Romano

Mito da Caverna: Essência e Aparência

O Mito da Caverna é uma metáfora do homem no mundo, principalmente no que se refere à importância do conhecimento filosófico e à educação como modo de superação da ignorância, ou seja, a mudança gradativa do senso comum enquanto visão de mundo e explicação da realidade para o conhecimento filosófico, que é racional, organizado e sistemático, que busca respostas na causalidade.

Através no Mito da Caverna, Platão distingue aparência e essência (realidade). É necessário saber distinguir a essência da aparência, ou seja, obter a consciência. O primeiro passo é o conhecimento de dois domínios: o domínio das coisas sensíveis (eikasia e pístis) e o domínio das idéias (diánoia e nóesis). Para Platão, a realidade está nas idéias, no mundo real e verdadeiro, e hoje o homem vive no mundo da ignorância, apenas nas coisas sensíveis, ou seja, o homem vive no mundo das aparências e não da essência.

No Mito da Caverna, os prisioneiros imaginam estar vendo a realidade, quando um deles consegue sair e de fato ver a realidade através das idéias e não apenas das sensações. E poderia optar e não voltar e viver na realidade, “sozinho”. No entanto, se decidir contar aos prisioneiros, que permaneceram na caverna, que o que eles ouvem e vêem não é a legítima e verdadeira, realidade, por certo não o acreditariam eles e acabariam por zombar do primeiro. E, se porventura alguém tentasse libertar os prisioneiros e trazê-los à luz do verdadeiro mundo, isso também poderia custar-lhes a vida. Porém quem está vivendo na mentira são os próprios prisioneiros que não acreditam na realidade e acabam por matar este que usou das idéias para ter o seu parecer e de fato descobrir a essência (realidade).

Muitas vezes vivemos fechados, apenas visualizando e sentindo, nos fechamos para as idéias e só conseguimos enxergar as aparências. Quando abrimos a mente e de fato vamos em busca da realidade através das idéias e dos pensamentos, deixamos de ser enganados por nós mesmos.

A aparência é a primeira impressão que temos de algo, é a casca, é o que “vemos”, é o que sentimos, geralmente acreditamos que as coisas são como nos parecem, mas não raramente acabamos nos decepcionando quando descobrimos que a realidade não era como nós a víamos, é neste ponto que percebemos que as coisas não são apenas o que parecem, mas tem uma essência, elas têm uma realidade.

Vamos sair da caverna e caminhar para o real, diferenciar a essência da aparência.

Bianca Ibanhes P. Romano

Língua Falada X Língua Escrita

A língua falada é mais livre, podemos utilizá-la com mais liberdade, sendo mais espontânea. A língua escrita evita a improvisação, sendo necessário o uso de letras e sinais de pontuação, sempre seguindo regras ortográficas e gramaticais.

Na língua falada temos contato com nosso ouvinte, ou seja, estamos frente a frente, com quem falamos. Temos inúmeras formas de dizer a mesma coisa, portanto, dizemos que podemos reformular nossa frase, assim que percebemos que não foi bem aceita pelo nosso receptor.

Na língua oral, as idéias vão surgindo com o desenrolar da nossa situação, muitas vezes não falamos o que estávamos pensando porque quem nos ouve, conseguiu através do poder de persuasão fazer com que mudássemos de opinião e por conseqüência de discurso. Outra vantagem da língua oral é a contextualização, ou seja, a possibilidade de dar quantos exemplos se fizer necessários.

De outro lado se encontra a língua escrita, mais objetiva, mais restrita.  Nela, temos que planejar tudo o que gostaríamos de passar ao nosso receptor, pois o feedback não ocorre de imediato.

Uma vantagem da língua escrita é a possibilidade de revisões, de modo a “publicar” o texto de forma mais precisa e elaborada. Exemplos na língua escrita podem ser dados, e muitas vezes são fornecidos através de figuras de linguagem.

Existem inúmeras vantagens nos dois tipos de línguas, tanto na oral quanto na escrita, no entanto, quando a oportunidade de consertar determinado pensamento é nos dado mais rapidamente, é melhor. Por outro lado, quando podemos elaborar uma escrita temos diversas maneiras de dizer uma só coisa, e muitas vezes por meio dela fazemos isso com maior habilidade, pois temos diversos recursos.  

Para cada momento devemos fazer uma opção, entre língua oral ou escrita, basta perceber sua real necessidade.
Bianca Ibanhes P. Romano

Leitores assíduos, Cidadãos críticos

A leitura é de extrema importância. Podemos ler gibis, jornais, livros e etc. Em todos esses tipos de texto estaremos aprendendo. Quando lemos, estamos vendo e interpretando textos já revisados, sendo assim, aprendemos e aperfeiçoamos: a escrita, a fala e a interpretação.

                No entanto, a importância da leitura não se resume apenas a isso, aprendemos a ser mais críticos com a notícia, é possível mudar de opinião lendo e vendo os argumentos do jornalista (escritor).

                Um exemplo bem recente é o aumento do IPI nos carros importados (sem incluir os sul-americanos e mexicanos), a primeira vista essa notícia parece ser boa afinal o mercado brasileiro pode crescer com isso, afinal essa medida é protecionista.

                No entanto, para quem leu os jornais e notícias na internet deve ter visto que a Associação Chinesa de fabricantes de Carros está desconfiada da economia brasileira. Com toda razão, afinal, três indústrias orientais já mostraram interesses e planos de se instalar no Brasil nos próximos quatro anos. Se antes do aumento tínhamos um carro zero km chinês, por aproximadamente 37 mil reais, se o aumento do IPI ocorrer de fato, passando para 26%, teremos o mesmo carro por 47 mil reais. Logo, o mercado automotivo chinês perderá vendas e mercado logo perderão o interesse em se instalar no Brasil. Sendo assim, muitos empregos deixarão de ser criados graças à medida protecionista brasileira.

                Interpretar notícias e ter um senso crítico mais aguçado são capacidades que só um leitor assíduo de jornais e notícias poderá ter.

                Ler nos possibilita a capacidade de: melhorar a leitura, melhorar a escrita, adquirir novo vocabulário, e principalmente, torná-lo um cidadão-leitor crítico.
Bianca Ibanhes P. Romano